HISTÓRIA DE ACUPE


O distrito de Acupe compõe a área territorial do município de Santo Amaro, na região do Recôncavo da Bahia.
A sede do distrito de Acupe, está distante 16 km da sede do municipio de Santo Amaro.
Informa o censo do IBGE, ano 2000, que a vila de Acupe tem uma população de aproximadamente 7.522 (sete mil quinhentos e vinte e dois) residentes neste local.
Informa que a economia da vila de Acupe é a pesca-mariscagem, e a agricultura familiar.
Informa o site da Secretaria de Educação do Estado da Bahia que na vila de Acupe, tem o nivel médio: Colégio Estadual Castro Alves (nivel médio-normal-profissionalizante); e têm as escolas de nivel fundamental e infantil (prefeitura municipal da Santo Amaro). A comunidade conta com  uma estrutura ótima, para as ferias, possui uma grande venda de frutos do mar, banhado pelas belezas e riquezas florestais e praias.
A área que está situada a vila de Acupe, no período de colonização portuguesa no Brasil, fez parte de sesmaria pertencente ao III Governador Geral do Brasil, Mén de Sá; e no século XIX, foi engenho. Informa Ana Maria de Aragão Ramos - historiadora social - que os negros escravizados do engenho Acupe, com a lei Áurea, sairam do engenho e possivelmente fizeram "o Quilombo Acupe" -"Quilombo do Vai-Quem-Quer".
Na vila de Acupe têm vários grupos sócio-culturais com temas relacionados a cultura africana e afrobrasileira.
Eu considero a vila de Acupe, como um "quilombo contemporâneo" - "um quilombo cultural".

NEGO FUGIDO
os negos fugidos
eram expostos a mendigar e quando
viam os capatazes tinham que fugir para,não perder o dinheiro conseguido...

Acupe, distrito de Santo Amaro da Purificação, cidade encravada no Recôncavo Baiano, 92 km distante da capital do estado - Salvador - Vive-se; da agricultura familiar, da pesca e do artesanato que seu povo produz, a grande maioria da população tem que se deslocar para as cidades vizinhas ou para a capital, em busca de trabalho qualificado. Acupe é um misto de interior e cidade, distrito de um povo guerreiro, que sabe preservar sua cultura através do folclore. em Acupe habitam também, muitas aves silvestres... sua fauna marinha, produz muitos peixes, camarões, mariscos a exemplo de: Ostra, Sururu, Papa-fumo, Aribi, Peguari, Taioba e crustáceos como: Caranguejo Siri e Aratu...que são vendidos em Santo Amaro, Itapema, Saubara, Cabuçu, Bom Jesus e até em Salvador...Venha conhecer, é um local de peculiaridades gritantes (um misto de ares de cidade com lugarejo interiorano), aqui, o dia-a-dia é só labuta, vive-se de pesca e cultivo (roça), bonita é a chegada das canoas no porto após a pescaria, em Acupe, algumas figuras se destacam na área social, a exemplo de Walmira Passos; (presidente do CEDESA), Florêncio Argolo (Promotor público) Profª Dora, Profª Raimunda, Alzerina Ramos, (diretora da Escolinha-Creche), Valdizia Teixeira (Diretora do CEMAC), Arnaldo Ramos, Monilson (presidente do nego-fugido), Agnaldo Barreto (o historiador), Cristina, Alan Cardoso, Rose Nascimento, Tio Correia, Justina, Clarice, Altair Barreto, Ademar Cruz (regente da Filarmônica 19 de Março), destacam-se ainda, Nôde da Padaria, Lelinha, Ornelas, Domingos Fiaz (o poeta), Laércio (o cantor), e outras tantas figuras ilustres do local, minha amiga Leda do cuscuz, Nassi, e por aí vai, temos também as apresentações do Nego-fugido e das caretas (no mês de julho), passeio de barco, cavalgada, trilha até o Rio da prata. Uma das coisas que mais chamou a minha atenção, foram os apelidos pessoais, a exemplos de: Roxa (minha musa inspiradora), Xibango, Coco, Betinho de Beca, Caburé, Buraem, Júlio dos Currais, Dêga, Gudé, Dite, Zé Gaguinho, Bazu, Nolinha, Cabo Eloi, Júlio Zoião, Biega, Tia Tê, Lourdes Pezão, Nanu, Tambe, Tilouca, Santa, Nande, Biau, Baíca, Beiço de moça, Neném, Codi, Rubinho, Mocinha, Jajá, Quincas, Tia Pepé, Preto, Branco, Pim, Niano, Júlio Pintado, Rachado, Zé Barri, Peco, Pitiqui, Magarefa, Pititinga, Saco nas costas, Iaio, Brefor, Boca nua, Buri, Foné, Tatino, Coco duro, Deda, Bodega, Baiacu de Ricarda, Madruga, Marajó, Tamanco, Puchu, Xuruca, Peba, Guará, Quati, Pando, Thoca, Chuca, Pipa, Bodinho, Bodão, Uá, Siri, Aribí, Biu, Bunheteco, Buda, Cuscuz, Coentro, Roque pato, Roque chumbo, Maria preá, Zé da jaca, Zé do bar, Piroca, Piroquinha, Dôca, Alicate, Ceguinho, Boi janeiro, Catroca, Tonha, Jabá, Labá, Cafuringa, Rosetá, Lacobaia, Labuguê, Caboclo, Suco, Oreba, Abadié, Miguel folhão, Mamão com pão, Zibinho, Cacué, Fufuca, Zá Ó, Nanuca, Chico Coruja, Beiço igual, Tempero, Zé biquini, Zé bundinha, Chico bunda dágua, Pepeta, Cotoco, Louro boca, Babada, Nanada, Boca de quinze, Gera, Jau de pade, Topó, Taleu, Tota, Frite, Geu, Milhão, Mário gatrifo, Pamonha, Nelson papada, Gato velho, Zé bigode, Santo gre, Dungo vogada, Mundinho ruina, Dhega, Tunga, Unga-unga, Dendê, Vassourinha, João galinha, entre outros, morei no lugarejo chamado "os Currais" que segundo o coronel Periandro Barreto, era no passado utilizado por D. Pedro, para guardar o gado de sua propriedade. Os Currais, naquela época, existiam umas vinte e cinco casas, indo de Acupe para lá, obrigatoriamente passávamos, pelo Pobre Soberbo (um córrego no verão, tornava-se caudaloso no período chuvoso), e pelas casas de Jajá e Quincas, casa-de-farinha de Mané Néri, de tia Pepé, de Nego, tia Santinha, Maria Dorotéia, Luís, Júlio Cuíca, tio Olavo, Júlio Zoião, Mané Pinto, Pedro, tia Gertrudes, Alcides, vó Celina (parteira de mão cheia), tia Lourdes, tia Amália, Aluízio, tenda de Joventino, Professor Isaias, Tonha, Zefinha, Brasilina e por fim a casa de Joventino. Boas recordações daquele tempo de infância, quando fazíamos a farinha para consumo próprio, o beiju de tapioca, a massa puba, a batata e o aipim assados no forno que torrava a farinha, tempo em que, as crianças chamavam os mais velhos de tio(a), tomávamos a benção, ninguém se atrevia a meter o bedelho na conversa dos mais velhos, cantávamos nas festas a santa manzorra, as casas eram de sopapo, chão de terra batida, camas feitas de varas, e o colchão de palha de bananeira, comprávamos uma quarta de carne, de farinha, de café, de açúcar, nas mariscadas, catávamos o papa-fumo, aribí, siri de mangue, aratu, sururu, ostras, miroró, taioba, os sambas de roda, eram acompanhados pelos pandeiros, cavaquinhos e pelos garfos batidos nos pratos, os mais velhos fumavam cachimbo, cigarro de palha ou charuto, alguns gostavam de mascar fumo de rolo, não existia maconha, cocaína, heroína, crack, ou outro tipo de alucinógeno, eu era feliz e não sabia, apesar de não ter acesso ao rádio, televisão, micro ondas, computador.

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